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ANTT aprova projeto de 5 ferrovias, da Petrocity, VLI e Rumo(RAIL3)

Previsão é de que os contratos de autorização sejam assinados pelo governo nesta quarta, em cerimônia na Agência Nacional de Transportes Terrestres(ANTT) promovida a quatro dias do segundo turno


Trecho da Ferrovia de Integração Oeste-Leste(FIOL) FOTO: ABIFER


A Agência Nacional de Transportes Terrestres(ANTT) deu aval nesta terça-feira, 25, para a celebração de cinco novos contratos para construção de ferrovias privadas, com total de R$16,7 Bilhões em investimentos. Duas serão construídas pela Rumo(RAIL3), que investirá um total de R$11,3 bilhões nos projetos, outras duas são de interesse da VLI, que pretende investir R$4,71 bilhões nos empreendimentos, e a quinta é uma ferrovia planejada pela Petrocity, com investimento de R$739 milhões. Se saírem do papel, os traçados vão totalizar mais de mil novos quilômetros de ferrovias.


Como mostrou o Broadcast(sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), a previsão é de que os contratos de autorização sejam assinados pele governo neste quarta-feira, 26, em cerimônia na ANTT, promovida a quatro dias do segundo turno. Os investimentos previstos com as ferrovias privadas são recorrentemente citados na corrida eleitoral à Presidencia.



O Ministério da Infraestrutura e o órgão regulador já receberam 95 requerimentos de autorização de novos ferrovias desde que o governo editou, em agosto do ano passado, uma Medida Provisória liberando o regime privado de operação ferroviária. Segundo o diretor da ANTT Luciano Lourenço, as empresas interessadas estimam um investimento total de R$295 bilhões nos projetos.


Do total de requerimentos, 27 até o momento se tornaram contratos de autorização ferroviária. O Ministro da Infraestrutura, Marcelo Sampaio, já reconheceu que nem todos os pedidos tem total viabilidade de sair do papel – um ponto frequentemente levantado pelo setor, que teme um acúmulo de “ferrovias de papel” que não serão executadas na prática.

Na semana passada, Sampaio avaliou que o empreendimento mais avançado é o da Eldorado Celulosa, que conseguiu autorização para construir um trecho entre sua fábrica, em Três Lagoas(MS) e a cidade de Aparecida do Taboado(MS).



NOVOS PROJETOS

As autorizações analisadas pela ANTT neste terça-feira foram aprovadas sob as regras do novo marco legal das ferrovias, em vigor desde janeiro. A Rumo apresentou projetos para construir dois trechos: um entre Santa Rita do Trivelato(MT) e Sinop(MT), de 250 quilômetros e investimentos previstos na ordem de R$3,8 bilhões, e outro entre Primavera do Leste(MT) e Ribeirão Cascalheira(MT), com 500 quilômetros e R$7,5 bilhões estimados. O primeiro deve entrar em operação em 2041, e o segundo em 2039.


Já a VLI, outra operadora de ferrovias consolidada no mercado, quer erguer traçados entre São Desidério(BA) e Riacho das Neves(BA) – um trecho de 140 quilômetros e R$2,96 bilhões de investimentos, que entrará em operação no início de 2030 – e entre Correntina(BA) e Arrojolândia(BA), com 83 quilômetros, R$1,75 bilhões de investimentos e operação prevista para começar também em 2030.


Já a Petrocity Ferrovias quer empreender uma ferrovia entre Corumbá de Goiás(GO) e Anápolis(GO), de 68 quilômetros, R$739 milhões em investimentos previstos, e início de operação esperado para julho de 2028.


De acordo com Lourenço, diretor que relatou três dos cinco projetos, o trecho da Rumo entre Primavera e Ribeirão Cascalheira será voltado para o transporte de granel sólido, como soja, milho, adubos e fertilizantes, atravessando sete municípios de Mato Grosso.A ferrovia planejada pela VLI para ligar Riacho das Neves e São Desidério vai transportar grãos, fertilizantes e algodão, cruzando três municípios baianos. Já o trecho da Petrocity Ferrovias será vocacionado para levar grãos e outras cargas a granel, carga geral e contêineres, percorrendo três cidades de Goiás.


Fonte: infomoney

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