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Gigante japonesa será parceira da Petrocity para levar revolução tecnológica ao longo de ferrovias

Uma gigante japonesa centenária de tecnologia será a parceira da Petrocity Ferrovias na implantação do modal dutoviário ao longo do leito de suas estradas de ferro no Espírito Santo, Minas Gerais, Distrito Federal e Goiás. A Furukawa Eletric está desenvolvendo o projeto para fazer o transporte de dados por fibras óticas de altíssima densidade e velocidade, possibilitando uma revolução tecnológica em todos os municípios cortados pelas ferrovias, bem como nas cidades ao redor.

A história do Grupo Furukawa teve início há mais de 130 anos, no Japão. De lá para cá, a empresa se transformou numa corporação mundial com atividades diversificadas nos segmentos de metais, metais leves, telecomuni-cações, sistemas automotivos, energia, entre outros, formando uma rede internacional de indústrias em países da Ásia, América do Norte, Europa, África e América Latina. São mais de 100 empresas afiliadas e modernos labo-ratórios de desenvolvimento, preparados para gerar novas tecnologias e produtos.

Numa entrevista exclusiva, por vídeo chamada, Paulo Fernando Rocca Souza, gerente comercial, e Flávio Marques, gerente de engenharia da aplicação, ambos da Furukawa no Brasil, onde ela está presente desde 1974, explicaram detalhes e o alcance desse projeto, que é inédito até mesmo para a experiente empresa japonesa. 
“O que a Petrocity Ferrovias vai oferecer às regiões por ela servidas é algo sem precedente, que vai gerar um impacto positivo inimaginável em todas as áreas da vida das pessoas”, disse Flávio Marques.

O impacto direto, segundo a direção da Petrocity Ferrovias, será em 60 municípios cortados pelas estradas de ferro. Entretanto, calculadamente outros cerca de 200 municípios serão beneficiados, numa hinterlândia de 100km a partir do leito das ferrovias. “Em cada UTAC (Unidades de Transbordo e Armazanagem de Cargas), que darão origem a “cidades inteligentes ao longo do caminho”.

RECONFIGURAÇÃO GEOGRÁFICA

Por atravessar regiões antes esquecidas nos processos de desenvolvimento tecnológico, o projeto de utilização de dutos nos leitos das ferrovias para levar, por exemplo, tecnologia de comunicação 5G para essas cidades, provocará um boom de desenvolvimento a partir das UTACs (Unidades de Transbordo e Armazenagem de Cargas), que darão origem a “cidades inteligentes ao longo do caminho”.

“Não apenas a Petrocity poderá fazer um controle rigoroso de suas ferrovias, segundo a segundo, milímetro por milímetro, em tempo real pela velocidade do tráfego de dados por fibra ótica, assim como essas cidades estarão totalmente integradas ao mundo, com excelência de conectividade. Além de ser pioneiro, este é o primeiro grande projeto de que temos notícia para integrar regiões remotas ao mundo por meio dessa capacidade de conectividade”, observou Flávio.

Paulo Rocca, gerente comercial da Furukawa no Brasil

Paulo Rocca, imagem acima, acentuou a possibilidade da reconfiguração geográfica das regiões servidas pelas ferrovias por conta dessa revolução tecnológica: “As ferrovias da Petrocity vão rasgar o Brasil do oriente para o ocidente, representam a verdadeira Leste-Oeste. Onde houver uma UTAC, e são 12 ao longo de 2.100 quilômetros de ferrovias, haverá uma unidade de negócio com conectividade absoluta, uma verdadeira supervia tecnológica”.


Essa conectividade, segundo os profissionais, traz um impacto social muito geral, pois, por menor que seja, a cidade se transformará numa cidade inteligente, com transmissão de dados de alta velocidade e sem interrupções.

Sobre isso, Flávio Marques lembra que existe uma máxima do setor imobiliário que considera localização como tudo: “A máxima antigamente do setor imobiliário era localização, localização, localização. Mas isso hoje já mudou para localização, localização e conectividade. As cidades servidas pela Petrocity Ferrovias, com esse projeto de utilização dutoviária protegido pelo leito da ferrovia, estarão conectadas com o mundo, pois as redes de fibra óticas poderão de conectar com os cabos submarinos que interligam os continentes. Para se ter uma ideia, empresas de software, por exemplo, poderão ter trabalhadores remotos ao longo de todo esse trecho sem prejuízo algum, pois terão circulação de dados de maneira rápida e confiável”

Paulo Rocca, como exemplo de isolamento na região de impacto da Petrocity, citou o próprio Centro Portuário de São Mateus, que não tem provedor de internet e, para seu nível de modernidade, vai precisar dessa tecnologia, a mesma que será levada, por exemplo, a Campos Verdes (GO), no centro produtor de grãos do cerrado brasileiro, a 1.900 quilômetros do porto: “Poderá haverá uma comunicação em tempo real de altíssima qualidade entre o porto e uma unidade nessa distância, sem nenhuma interferência”.

“Imagina o alcance de tudo isso. O cidadão de uma cidade lá no meio do cerrado ou do sertão mineiro, cortado pela ferrovia, poderá ter acesso direto com os melhores profissionais de medicina do País e do mundo através da telemedicina. Hospitais, escolas, grandes empresas telefônicas, indústrias, o agronegócio, todos serão beneficiados com esse projeto. Estamos entusiasmados porque este é um projeto bonito de se fazer, porque muito mais do que transporta dados, vai estar conectando pessoas que estarão nessas cidades”, acrescentou

TECNOLOGIA INÉDITA

A Furukawa, parceira da Petrocity Ferrovias, faz questão de enfatizar seu compromisso com o meio-ambiente, por meio da filosofia advinda da palavra japonesa Mottainai, que engloba uma profunda gratidão por tudo que a na-tureza oferece, buscando assim viver em completa harmonia com o ambiente. Essa proposta foi adotada desde 2007.

A empresa desenvolve produtos que priorizam a conservação dos recursos naturais, desde a obtenção da matéria-prima, passando pela fabricação e distribuição dos produtos, até o seu descarte adequado e reciclagem no final de sua vida útil. A eficiência desse processo resultou na conquista da Certificação Ambiental – Rótulo Ecológico, concedida pela ABNT (Associação Brasileira de Normais Técnicas), tornando a Furukawa a primeira indústria de telecomunicação e TI do mercado Brasileiro a alcançar esta onquista e, com isso, a linha de cabos LSZH(Low Smoke Zero Halogen) passou a estampar o Rótulo Ecológico em suas embalagens.

“O lema da Furukawa é infraestrutura para a vida. No final das contas, o objetivo social da companhia é permitir que todos os que utilizam a infraestrutura melhorem sua vida. Vamos utilizar uma tecnologia totalmente comprometida com o meio ambiente nesse projeto, com materiais usados de maneira otimizada e de menor impacto ambiental. Temos cabos com capas feitas a partir da fibra de cana, por exemplo”, disse Flávio.

Para se ter ideia da tecnologia que será utilizada nessa rede que passará pelos dutos sob as ferrovias da Petrocity, Flávio Marques explicou que no Brasil boa parte dos cabos de alta contagem atualmente utilizados são de até 288 fibras:

“Fabricamos cabos com até 6.912 fibras, de diâmetro extremamente pequeno, usando tecnologia de fibras Rollable-Ribbon desenvolvida no jpão, que é algo absolutamente inédito na América Latina. Esses cabos são utilizados hoje na Ásia, Europa e Estados unidos e atendem principalmente empresas que necessitam de alta contagem, como a Google, a Apple e outras do mesmo porte. Vamos utilizar esse tipo de fibra na fabricação aqui no Brasil para atender a esse projeto da Petrocity e essa tecnologia estará disponível às pessoas dessas cidades por onde as ferrovias passrão”, disse o executivo.

VISÃO DE FUTURO

Diante de tanta informação e da iminente revolução tecnológica para o Norte do Espírito Santo, Leste, Nordeste e Norte de Minas, bem como Distrito Federal e cerrado goiano, veio a inevitável pergunta de como as lideranças locais devem preparar suas cidades para quando esse futuro chegar – lembrando que o contrato da Petrocity com o Governo Federal prevê a entrega dos 2.100 quilômetros de suas ferrovias até o final de 2031.

“Deve ser dada prioridade para abrir espaço para esse momento em todas as propostas, planejamentos e projetos relacionados a infraestrutura, em todos os pontos da cidade. Vai fazer galerias pluviais, pontes, viadutos, rede de água, esgoto, energia, abrir ruas, é preciso reservar espaço para a conectividade. Deixam disponível esse espaço. É necessário que nas equipes de planejamento participem especialistas em telecomunicações. Isso, no futuro, significará uma economia enorme. Gostaríamos que essa oportunidade de conectividade que a Petrocity Ferrovias está levando fosse levada em consideração por todos os grandes projetos”, enfatizou Marques.

Já existem cidades que estão se adequando a esses novos tempos de conectividade. Um exemplo é Porto  Alegre, conforme salientando por Paulo Rocca: “As placas de sinalização que estão sendo instaladas na cidade já estão vindo com espaços para pequenas antenas de reverberação de sinal”.

APRESENTAÇÃO

Esse quinto modal de transporte, o dutoviário, que permitirá não apenas a chegada de fibra ótica, mas também de gás natural e energia elétrica, foi apresentado pelo CEO da Petrocity desde 2019, em reuniões no Ministério da Infraestrutura desde a fase pré-assinatura dos contratos de autorização, firmados no ano passado com o Governo Federal.

“Estamos avançando a passos largos, com uma visão sistêmica de todo o cenário, para promover essa grande transformação para todos os municípios que serão, diretamente, impactados pelas nossas ferrovias. Em casa um deles haverá um ponto de conexão, além dos datacenters nas UTACs. Mas existe uma área de influência ao redor que também será impactada. Além de benefícios da ferrovia, levaremos transformação para qualidade em saúde, educação e desenvolvimento. De verdade, com recursos totalmente privados, vamos construindo uma nova realidade. É isso que estamos levando e vamos começar agora a trabalhar principalmente com os prefeitos das cidades que sediarão as UTACs”, disse José Roberto.

Das 12 unidades de transbordo e armazenagem de cargas, que, para além de sua função de permitir o escoa-mento de produtos e mercadorias, e de dar origem a portos secos, mas também se transformarão em centrais de excelência tecnológica pela chegada de fibra ótica de altíssima conectividade, como foi bem explicado pelos representantes da Furukawa, duas se destacarão: a de Barra de São Francisco, por conectar a EF 456 (vinda de Ipatinga) e EF 030 (São Mateus-Brasília), e a de Unaí(MG), por fazer a conexão da EF 030 com a Estrada de Ferro Planalto Central, que seguirá até Campos Verdes (GO), com um ramal de 50km de Corumbá de Goiás e Anápolis.

(Da Redação)

(José Caldas da Costa com informações da Agência Infra)

Fonte: Tribuna Norte Leste (TNL

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